Na primeira parte desse artigo discutimos sobre nossa constante fuga de situações desconfortáveis e a importância de começar por aí os questionamentos sobre mudanças de vida.
Tendo analisado criticamente este assunto, evitando assim que haja movimentos indesejados pelos motivos errados, você deve analisar agora, o outro extremo: o comportamento paralisante provocado por seus medos.
Assim, a segunda pergunta a ser feita para qualquer situações de transição é: quais são meus medos?
Ironicamente, muitos têm medo de pensar sobre os seus medos, deixando que tornem-se crenças que limitem o seu crescimento e possibilitem você a trilhar novos caminhos.
Mas como descobrir os meus medos? E, mais importante que isso, como lidar com eles?
A chave para lidar com seus medos é perceber o componente principal que os envolvem: a expectativa.
A chave para lidar com seus medos é perceber o componente principal que os envolvem: a expectativa. Nosso cérebro está constantemente trabalhando para que nos sintamos que temos o controle de tudo de nossa vida e não saber o que vem adiante nos aterroriza.
Pense em alguns dos seus medos…A morte e suas variantes, como picadas de animais ou altura, o desconhecido e suas variantes, como a escuridão ou grandes mudanças, falar em público…Quais expectativas estão envolvidas e que inferências você têm feito sobre elas?
Vamos tangibilizar em um exemplo específico e bastante comum durante os períodos de transição: o medo de decepcionar alguém que você ama. Quais expectativas você acha que essa pessoa tem sobre você e por que você vai decepcioná-la ao realizar essa mudança?
Sempre tive esse receio ao realizar as grandes mudanças de minha vida, mas pensando por essa óptica em uma conversa franca, percebi que eu não sabia exatamente o que meus entes queridos esperavam de mim e que, ao perguntar, percebi que eles também esperavam que eu fosse feliz.
Exatamente o que eu estava buscando com minha mudança maluca! Assim, pude explicar, mesmo não tendo ideias convergentes de como conseguir isso e do que é felicidade, que as mudanças que eu estava realizando estavam, do meu jeito, me levando ao objetivo que eles também desejavam para mim.
Assim, entendendo especificamente a expectativa que envolvia o meu medo, pude superá-lo e fazê-lo com que isso não fosse mais um dos diversos obstáculos que encontramos em momentos de mudanças.
Portanto fica aqui a dica para o início de suas grandes mudanças: Reflita, em um profundo exercício de autoconhecimento, primeiramente do que você tem fugido, do que tem te incomodado e depois, quais sobre seus medos limitantes e quais expectativas envolvidas.
Essas duas perguntas bem respondidas lhe tirarão um peso enorme dos ombros e darão a segurança para os primeiros passos em multiplicar suas possibilidades de viver uma vida mais plena, onde você estará mais satisfeito(a) com suas decisões.
Douglas Giglioti
Coach e cofundador da Reconectta, é um engenheiro pós-graduando em Neurociências. Viciado em pessoas e sorrisos. Não gosta de se auto-descrever em mini-bios.