Nos dias 6 e 7 de junho o Instituto Tomie Ohtake foi invadido por investidores, organizações intermediárias, grandes empresas, governo e empreendedores de negócios de impacto social que estiveram presentes no Fórum de Finanças Sociais e Negócios de Impacto, um dos principais eventos brasileiros que busca a conexão entre esses atores.
Durante dois dias o Fórum contou com a presença de 170 palestrantes, sendo seis internacionais, e promoveu 56 atividades, entre rodas de conversa, palestras, oficinas e até arenas de investidores, onde os empreendedores puderam exercitar seus pitches.
E foi com muita alegria que o Sense-Lab recebeu o convite para participar e contribuir em dois painéis desta terceira edição do Fórum. No primeiro dia, Andreas Ufer, sócio-fundador do Sense-Lab, participou da discussão sobre “Grandes empresas: tese de mudança para impacto”, com Graziella Comini (FEA USP) e Luciano Gurgel (Yunus Negócios Sociais) e moderação de Vivian Muniz da PwC e Pablo Handl do Impact Hub. Neste momento, Andreas compartilhou com os participantes um grande ativo para o campo, o manual “Oportunidades para Grandes Empresas: repensando a forma de fazer negócio e resolver problemas sociais”. Um guia prático para líderes de grandes empresas atuarem com negócios de impacto, que surgiu no contexto do Lab de Inovação da Força Tarefa de Finanças Sociais, como um esforço conjunto e cocriado de diversas pessoas e organizações, articulado pelo Sense-Lab. O mesmo está disponível para download aqui.
Já no segundo dia do evento, os sócios Andreas e Alice Navarro, em parceria com Antônio Ribeiro e Daniel Brandão, da Move Social, lançaram oficialmente o guia Modelo C, uma nova abordagem que integra dois importantes processos para o entendimento de negócios de impacto: a modelagem de negócios e a Teoria de Mudanças. Com a sala lotada de olhares atentos e curiosos, os idealizadores do Modelo C apresentaram a lógica por trás dessa nova proposta, distribuíram o Modelo C para os participantes visualizarem e debaterem em grupo sobre a estrutura sugerida e abriram para perguntas, dúvidas e sugestões. O resultado foi um bate-papo com ótimas contribuições sobre este tema que poderia ficar em pauta por horas e horas. A mensagem que ficou para os participantes é que o Modelo C não traz uma receita mágica e sim um novo racional, que pode ser adaptado e melhorado conforme o momento de cada organização/negócio. Com isso em mente, foi registrado como “Copy Left” no “Creative Commons”, licença que deixa ele ser utilizado e alterado livremente, contanto que se cite a fonte.
O Modelo C é resultado do programa "Teoria de Mudança na Prática", que consistiu na construção das teses de mudança de dez organizações, a partir da modelagem de seus próprios negócios, contando, também, com a participação de quatro incubadoras. Realizado pelo Sense-Lab em parceria com a Move Social, teve apoio do ICE e da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. Acesse www.cmodel.co para baixar o conteúdo.
O Fórum de Finanças Sociais e Negócios de Impacto, que este ano contou com mais de 1.000 participantes, em 2 dias inteiros de evento e diversas seções correndo em paralelo, tem como objetivo inspirar os participantes com cases inovadores de negócios que estão gerando impacto social positivo, bem como, dar visibilidade às conquistas obtidas pelas organizações engajadas na transformação social. O mesmo foi realizado em parceria entre o ICE - Inovação em Cidadania Empresarial, Impact Hub e Vox Capital.
Foi uma oportunidade riquíssima para conversas de qualidade sobre diversos temas, como: a evolução do setor no Brasil, contratos de impacto social, meio ambiente, periferia, raça e gênero, o movimento global e a relação com outros ecossistemas, aceleração e mensuração de impacto, tecnologias, instrumentos financeiros para ampliar investimentos, Ong’s com modelos de negócios de impacto, a universidade e desafios na formação de talentos, entre tantos outros. Que surjam muitos frutos a partir deste e que venha o próximo!
Maria Carolina
A graduação em jornalismo rendeu uma estreia e tanto para Carol, que depois de formada conseguiu um estágio na sucursal da TV Globo de Londres. De volta ao Brasil, fez uma longa carreira na editora Abril, onde teve a oportunidade de trabalhar em diversas revistas, como Veja, Claudia, Bons Fluidos, Men’s Health, Estilo, Nova, Boa Forma entre outras. Mas foi sua paixão por pessoas e pela África que a levou a fazer pós-graduação em Gestão Social e especialização no Continente Africano, além de mergulhar nesse mundo através de voluntariados e viagens nada convencionais, como uma temporada na Libéria, por exemplo. O espírito livre, aventureiro e curioso levou Carol a explorar o mundo, outra grande paixão - viagens e diferentes culturas. Depois de passar por uma multinacional cuidando de projetos sociais, no Brasil e em Dubai, ela optou por focar toda a experiência profissional e multicultural, sua energia, paixão pelo próximo e gratidão pela vida, em negócios que façam a diferença nas diversas questões socioambientais que enfrentamos mundo afora.
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