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Quarta turma do BDC se encerra com muito engajamento


Durante os meses de julho e agosto tivemos a quarta turma do curso Business Design for Change (BDC), uma jornada de aprendizado coletivo com foco na estruturação de modelos financeiramente sustentáveis que busquem gerar mudança social e ambiental positiva. Um processo de 4 semanas, que possui três momentos muito distintos de entender realidades, pensar e desenvolver modelos de negócios de impacto e colocar em prática o projeto para validar conceitos, contou com uma turma muito engajada e motivada a fazer a diferença.

Entenda como foi esse processo através do nosso mini diário de bordo que fomos construindo ao longo da jornada!

O INICIO DA JORNADA

A turma 4 do BDC começou no dia 19/07 com a casa cheia e com muitas trocas, aprendizados e conexões. Recebemos 17 pessoas incríveis que se colocaram em movimento para trazer o seu melhor para o mundo.

Neste dia tivemos um tempo para nos conhecermos, compreender o momento de cada um e o que vem nos motivando. Juntos começamos a nos aprofundar na grande questão; como atuar com propósito ao mesmo tempo que cuidamos de nós mesmos? Também começamos a construir uma visão do que é o chamado setor 2.5 e o ecossistema de atores que o fomenta e a entender os principais conceitos que compõe esta temática, como; empreendedorismo social, inovação social, negócios sociais e negócios de impacto.

Equipados com estas informações e reflexões, nos preparamos para um final de semana intenso e cheio de oportunidades para conhecer novas realidades!

ENXERGANDO O MUNDO COM NOVOS OLHOS

O primeiro final de semana do curso é sempre difícil de ser explicado em palavras. Muitos sentimentos e emoções nos acompanharam durante esses dois dias por São Paulo, junto aos nossos parceiros do Vivei.ro e Projeto Viela.

Com um grupo muito unido e disposto a se entregar em todos os momentos, iniciamos o sábado com uma profunda reconexão com nós mesmos e o momento presente. Enxergar hoje todos os problemas coletivos, sociais e ambientais, que geramos é bastante doloroso, mas compreender que somos a geração que possui as melhores ferramentas de atuação coletiva nos enche de esperança.

Dispostos a desconstruir nossa visão de mundo e modelos mentais, saímos de nossas casas para enxergar com novos olhos e ter conversas profundas com pessoas ao redor da Vila Madalena e do Jardim Ibirapuera.

Foram vários momentos vividos, desde compreender modelos de receita para projetos de impacto social, dores da terra, olhar apreciativo, teoria U, escuta ativa, até momentos de muito aprendizado com as músicas do Renato Paes, a história do Viela, caminhadas pelas quebradas do Jardim Ibirapuera e momentos de reflexão no Parque Alfredo Volpi.

Saímos da vivência preparados para deixar emergir toda essa energia e aprendizado que tivemos durante esse incrível final de semana, muito inspirados para seguir juntos, em frente.

INOVANDO PARA A MUDANÇA

A segunda semana do curso também representa uma segunda etapa bastante distinta do processo. Se a primeira etapa foca no processo de desconstrução e reflexão sobre o papel de cada um no todo, a segunda é um processo de exploração e construção de novos modelos de forma coletiva, na qual, munidos com um novo olhar e com o apoio do grupo, começamos a abrir espaço para possíveis novos caminhos e intervenções para os problemas que enxergamos!

Com base nas vivências da primeira etapa por diferentes realidades e ambientes de São Paulo ou em suas próprias vivências de vida, e utilizando os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU como guia, os participantes formaram grupos de trabalho de acordo com os problemas socioambientais que mais se sentiam chamados a trabalhar, que mais os moviam.

Intercalamos este momento com um aprofundamento em ferramentas que pudessem embasar o trabalho em grupo, o início do fluxo de ideação e a definição de um problema relevante a ser trabalhado, como; o Design Thinking, estratégias de exploração de um problema, o Golden Circle, a metodologia do Jogo Oasis de mobilização comunitária, e governança participativa.

Uma vez escolhido o problema, os participantes saíram a campo para explora-lo mais a fundo e valida-lo com potenciais beneficiários. E assim puderam redefinir o problema de acordo com reais necessidades e seguir para a ideação de possíveis soluções de forma cocriativa, ativando o conhecimento coletivo do grupo!

Por fim, para ajudar a consolidar a solução escolhida e começar a concretizar esta em um modelo de negócio, os grupos trabalharam em cima do Business Model Canvas adaptado pelo Sense-Lab para negócios de impacto, aprofundando e detalhando as dimensões de seus negócios. Com soluções inspiradoras em mãos, nos preparamos para a terceira etapa do curso, em que partiremos para a ação!

PARTINDO PARA A AÇÃO

No último final de semana do BDC fechamos com chave de ouro a etapa final do curso, formando (coletivamente) mais uma turma mais do que especial e apta “a estruturar negócios que possam ajudar a mudar o mundo”!

Esta etapa teve início com uma divertida noite de prototipação, onde, embasados com ferramentas como Effectuation, Search Selling e Lean Startup, com exemplos de prototipagem e reflexões sobre sua importância tendo feito o Desafio do Marshmallow, os grupos de trabalho foram desafiados a tirarem suas ideias de negócios de impacto do papel, buscando primeiro representa-los visualmente!

E logo em seguida já receberam mais um desafio: o de em pouco mais de uma semana colocarem os seus negócios para rodar através da implementação de um Produto Minimamente Viável (MVP), e assim gerarem algum impacto real, mesmo que pequeno! Além disso, em paralelo, também teriam que preparar um “Pitch” para apresentarem os seus negócios e avanços no último dia do curso.

Foi uma semana intensa, na qual os participantes puderam colocar em prática todos os ensinamentos do curso e exercitar boas práticas do trabalho em grupo como a empatia, escuta ativa e o consentimento, permitindo assim a construção de suas soluções de forma coletiva e valorizando suas diversidades. Foram muitos momentos de validação em campo e refinamento, utilizando seus MVPs ou recortes de suas soluções como instrumentos de teste.

Mas apesar da intensidade, eventuais frustrações e de algumas noites mal dormidas, vimos só sorrisos, determinação, muita entrega e uma enorme confiança no processo! E os resultados foram surpreendentes! Com “Pitches” inspiradores, soluções muito robustas e todos tendo conseguido gerar algum pequeno impacto.

E assim encerramos o último dia do curso com muita leveza, conversando sobre possíveis caminhos e próximos passos, já nostálgicos pelo o que vivemos juntos, mas com a certeza de que isto será somente o começo! E sabendo que “não será fácil, mas valerá a pena”, pois caminharemos juntos.

Quer saber mais sobre o Business Design for Change?

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