Virando a Chave é um encontro organizado pelo Sense-Lab para conectar pessoas que estão na busca por caminhos diferentes para sua atuação no dia a dia, uma oportunidade de troca com experiências muito diversas, histórias e compreensão.
A segunda roda de conversa foi organizada em Novembro de 2017 totalmente aberta para interessados, com convidados que participaram do Business Design for Change (BDC), uma experiência transformadora e formação prática em negócios e trabalho com propósito. Seu tema central é a estruturação de organizações e projetos focados na criação de valor compartilhado, que busquem ao mesmo tempo a solução de questões sociais ou ambientais e a sustentabilidade financeira.
Mudar é uma tomada de decisão que vem carregada por diversas histórias. Pode ser bem mais difícil do que imaginamos e por isso a importância de compartilhar e ouvir pessoas que estão vivendo um momento de vida parecido.
É visível que hoje muitas pessoas estão incomodadas com os problemas coletivos gerados e é forte a vontade de fazer a diferença e encontrar um trabalho alinhado com seu propósito de vida. Mas junto com essa vontade começam a surgir alguns desafios. Alinhar impacto com sustentabilidade financeira é um deles. Nem todos estão preparados para iniciar um processo de transição e muitas vezes se torna uma grande dificuldade conseguir até mesmo o apoio e compreensão das pessoas mais próximas.
Cada um tem uma história diferente. Ouvir com bastante atenção sem julgar as decisões é um dos caminhos para criar relações e trocas verdadeiras. E foi assim que o Virando a Chave começou a sua noite, com a participação do Eduardo Toshio, Tabta Rosa, Ana Abdulkader, Sophia Nabuco, Anderson "Buiu" e Rodrigo Diz.
São seis pessoas que estão constantemente virando a chave, com diferentes visões do que isso significou em suas vidas. Para alguns a virada de chave foi iniciar um empreendimento alinhado com o seu propósito de vida, mas para outros também significou uma mudança no seu dia a dia de trabalho em busca de uma visão diferente para sua equipe ou até mesmo um simples cuidado e mudanças de hábitos.
"Pra mim virar a chave representa entender que o trabalho deve significar mais do que ser apenas a fonte do salário, para que com esse a gente possa ter prazeres na vida. É quando você percebe que podemos usar nossa energia em prol não apenas da nossa satisfação, mas também de um benefício maior, que realmente contribua para a melhoria de vida de outras pessoas, em especial daquelas que não possuem as mesmas condições e chances que nós. Mas para que a chave realmente mude é preciso também ter a coragem de sair da zona de conforto e embarcar no desafio, mesmo sem qualquer tipo de garantia. Na verdade uma garantia existe, a que você está seguindo seu ideal",
diz Eduardo Toshio.
A troca entre todos nos faz refletir muito sobre como podemos de fato viver plenamente o que acreditamos ser a nossa melhor contribuição para o mundo. Quais são os caminhos para construir uma trajetória sólida? E talvez o mais importante, como compartilharmos todas as experiências uns com os outros?
Lucas Harada
Um sonhador, acredita na construção do melhor mundo e vem transformando a vontade em ação. Formado em Publicidade, Propaganda e Marketing no Mackenzie, sendo apenas um detalhe na trajetória.
Iniciou a caminhada no terceiro setor como voluntário, por 2 anos, do TETO e do Movimento Oasis Sampa. Parte do Guerreiros Sem Armas no ano de 2014, curso internacional que reúne 60 jovens de diferentes países que buscam transformação e querem ser parte dela. Entrou no Jovens Talentos da Arymax em 2016, programa exclusivo de desenvolvimento para jovens que buscam uma carreira que una propósito de vida com impacto em larga escala. Em 2017 concluiu a Pós em Inovação Social pelo Instituto Amani, e também atuou como Gestor da ONG Juntos.com.vc, plataforma de crowdfunding focada exclusivamente em projetos sociais e ambientais.
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